Bali na Lua de Mel


A idéia de ir para Bali foi simplesmente pela sua beleza natural e ao mesmo tempo por ter hábitos e modo de vida que tenta se adaptar à modernidade e ao turismo. É uma terra adorada pelo mar, com montanhas vulcânicas, arrozais, bosques de palmeiras, bananeiras gigantes, aldeias e mercados tranquilos, baías e praias de areia branca. Com uma área de 5.620 quilômetros quadrados e uma população de 3 milhões de habitantes, Bali é uma menores ilhas entre as 13.600 que constituem o arquipélago da Indonésia.

- "A palavra Bali, com a qual a ilha foi batizada no século IX, deriva da palavra Wali. Wali ou Wari era o termo com o qual os nativos, que muito veneravam seus deuses, chamavam o ato de adoração. Wali é uma palavra do sânscrito que significa "sacrifício oferecido ao deus", "adoração", "culto" ou "oferenda" . - (fonte: Wikipedia)

Depois do casório fizemos as malas com pouquíssimas roupas e enfrentamos 15 horas de vôo. Na verdade são 12 horas e meia até Singapura, onde fizemos a conexão com pausa de 2 horas. Nem achamos ruim, porque o aeroporto de Singapura é belíssimo, bem decorado, com lojas maravilhosas, variedades de comidas e uma espécie de Spa e Internet grátis. Relax!!!
Embarcamos, e mais 2 horas e meia até Bali. Chegando no aeroporto você não pode esquecer de comprar o seu visto de permanência que custa US 25 por pessoa e tem validade de 30 dias. Nos hospedamos no Bali Hyatt Resourt Sanur ( www.bali.resort.hyatt.com ) que fica a 30 minutos do aeroporto, a 15 minutos de Denpasar (capital) e a 30 minutos de Kuta Beach.
Um pouco de história

Em 1904 os holandeses desembarcaram na ilha de Bali para submeter-la ao domínio colonial. A população hindu, orgulhosa de sua própria diversidade no arquipélago, se opôs a invasão holandesa. Após vários acontecimentos, os holandeses atacaram o palácio real de Denpasar. Vestidos de branco, o rei e sua côrte marcharam ao encontro dos holandeses. Quando estavam próximos aos invasores todos os homens que seguiam o rei pegaram suas espadas e enfiaram no próprio peito, cometendo um ritual suicida que em balinês é denominado "puputan". Quase mil homens ficaram caídos no local enquanto os invasores holandeses olhavam a cena atônitos. Este acontecimento foi traumático para a consciência do povo holandês e deu início às crises colonizadoras do país.

A viagem

No dia 26 de Abril em Bali é Ano Novo ou em Balinês: Nyepi Day! Pensamos que iríamos cair na folia, engano nosso. Para o povo e costume Balinês o Nyepi Day realmente é o dia que voce deve meditar. Nada funicona na cidade, porque ninguém pode trabalhar, a não ser os hotéis, de onde você não pode sair durante todo o dia, correndo o risco de pagar multa. Ninguém sai na rua e nem se fala alto. Um dia realmente de respeito aos Deuses e a natureza. E por ser nosso 1° dia, ate gostamos do silencio do Nyepi Day depois do casório.

Bem pertinho do Hotel (Sanur) encontramos o restaurante Casa Luna com um ótimo peixe na folha de bananeira acompanhado de arroz típico de Bali e diferentes tipos de molhos como: alho com manteiga, cebola com um óleo de azeite especial , tomate prensado no óleo e sal, e é claro muitas verduras. Para acompanhar este banquete uma cervejinha que se chama PINTAN.
Um outro Restaurante bem especial (mas vá preparado para gastar) é o Jukung Seafood. http://www.cafejukung.com/
Primeiro você escolhe o peixe, lagosta ou camarão VIVO e em seguida ele é levado para a grelha... uffa! Estava ótimo. As bebidas, na maioria dos restaurantes, são tabeladas.

Bem pertinho do hotel encontramos o restaurante The Village Cucina Italiana. Com um ambiente bem romântico, tem no cardápio uma maravilhosa porção de peixe e carnes com molhos delciosos e com a típica salada Gado Gado. Vale a pena!




Típica comida de Bali (biscoito de arroz colorido)

O restaurante "International Piccadilly" você encontra em qualquer lugar de Bali. É uma ótima pedida com pratos bem variados.

Passeios

A melhor opção, depois de algumas pesquisas, foi a Asian Trails( http://www.asiantrailsbali.com/). Fizemos uma passeio em Besakih até Kintamani que dura cerca de 6 horas com almoço incluído: USD 38,00 por pessoa. O restaurante não era uns dos melhores, mas a vista mágica para o Vulcão compensou!
Outro passeio que gostamos muito de fazer foi Bali Hai Cruises pela Sail Sensations Nusa
Lembongan Resort (http://www.nusalembonganresort.com/). O passeio começa às 9:00h e só acaba às 17.30h com muita diversão. Um pequeno café da manha no barco, passeio pela ilha, mergulho, banana boat e almoço com pratos diversos. A ilha é pequena mas aconchegante! Custo: USD 70 por pessoa.

E não perca a oportunidade de ir em um Spa. Nós fomos no Anika Spa (www.anikaspa.com/)
La encontrei uma lojinha muito boa para quem procura uma roupa chic e artesanal. Vale uma passadinha! Regina Tailor and Fashion Shop. Endereço: Jl Danau Tamblingan 198 Sanur Bali T.

E quando precisar de táxi peça pelo Hotel e combine antes o preço com o taxista para não ter surpresas, ou exija que ele ligue o taxímetro, ás vezes vale mais a pena. Tente só utilizar os táxis da companhia Azul, que são registrados pelo Estado.
A moeda de Bali é muito desvalorizada em relação ao franco suiço ou ao real brasileiro. Por exemplo, 50.000 rupias equivale a Fr 5.- , ou seja, cerca de 9 reais. Eu me sentia sempre uma milionária!

Ande muito, descubra novos caminhos, ande pela cidade e nao tenha medo!!! Os Balineses são ótimas companhias e adoram conversar!

Aqui umas palavrinhas comuns em Balinês:

Obrigada: Sukusuman
Bom Dia : Salamati Pagi
Boa tarde: Salamati Siang
Boa noite: Salamati Malam
Bem-vindo: Datang
Até mais: Salamtinga
Bom apetite: Salamti Makan
Eu estou com fome: Saja Lapar
Eu sou Brasileira : Saja Datan dari Brasil
Ana Paula Pereira, Zurique - Suíça

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Bali

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Especial Hostels - Austrália, matéria do Beline

Eis que você está na Austrália, o que você precisa agora é encontrar um lugar para dormir. A verdade é que se você já está na Austrália já deveria ter a reserva dos próximos 2 ou 3 dias. Se você ta lendo isso agora (verão?) do quiosque de internet grátis do aeroporto internacional de Sydney você ta com um problema em potencial, se isso aqui não resolver corre para a Kingscross agora e reza por uma cama que você possa pagar.
Austrália fact #1: Não é o hostel que não é bom o suficiente, é o país que é caro. Austrália fact #2: Não é que são poucos leitos, é que todo mundo teve a mesma idéia que você. Aprendemos então que existe uma relação entre “bookar” com antecedência e quarto bom por preço justo. Essa regra na verdade se aplica a qualquer rede de hotelaria de qualquer lugar do mundo, em linhas gerais, mas a costa leste da Austrália não pode ser ignorada do ranking de países mais visitados por mochileiros. Em resumo, não vacila que sua saúde ou seu cartão de crédito podem estar em perigo.

Mas digamos que você possa escolher. Existem basicamente 4 opções de hostel entre Sydney e Cairns, YHA, Koalas, Beach Backpackers e os outros. Com exceção de Cairns, Brisben e a própria Sydney, as quatro “bandeiras” citadas acima são responsáveis pela fama “rock n’ roll” do roteiro. Com preços que variam de 25 a 35 dólares australianos por uma cama em dormitório, oferecem basicamente as mesmas facilidades e o mesmo ambiente impessoal. Tudo para suas “day-trips”, DVDs, internet (cerca de A$ 4/h), piscina, churrascos (tradução perigosa do termo “barbecue” encontrado nos murais de avisos ) e “atividades” em geral. Os dormitórios, na maioria mista, têm de 4 a 10 camas, geralmente em beliche e banheiros coletivos por andar ou setor. Por aproximadamente o dobro, por pessoa, é possível um quarto com banheiro. De qualquer forma as condições de limpeza e “layout” da cena costumam ser razoáveis, mas é claro que mostrar seu quarto pra “gatinha” não vai impressioná-la. Não positivamente. A opção “outros” vai de resorts com preços obscenos a pequenos “guesthouses” operados por imigrantes da Ásia. Se comunicar com a recepcionista neste ultimo caso vai exigir mais das suas habilidades em mímica do que do seu inglês fluente, não que o “OZ accent” das recepções dos “funky hostels” seja dos mais fáceis. G’it mate?

Por incrível que pareça dormir é sim uma opção nos hostels mais hypes, e pode ser feito no horário convencional, a maioria dos hospedes preferem fazer isso pela manhã ou pela tarde por opção mesmo, a maioria dos lugares tem recepção 24 horas, ou pelo menos acesso livre a qualquer horário. Mas assim como tudo na Austrália, é preciso ficar atento a regras, normas, leis, recomendações e procedimentos, elas variam de um hostel para o outro e podem causar bastante confusão,mesmo entre hostels da mesma rede. Basicamente fique atento a horários, de check-in e check-out, piscina, recepção, cozinha e internet. O que você pode fazer ou não, o que você pode beber e onde. Regras estranhas encontradas incluem “não beber vinho de caixa”, “não alugar prancha de surf entre 9:45 e 10:30 da manhã” e finalmente “não colocar bolsas azuis ou verdes na geladeira”. Regras gerais incluem de 5 a 10 dólares de depósito por chave, a entrega da chave e da roupa de cama usada na recepção do check-out e, quase sempre, não consumir bebidas alcoólicas em certas dependências que, geralmente, não possuem qualquer lógica espacial conhecida pelas ciências modernas.
Entregue seu cartão de crédito a mocinha do balcão e aprenda a velejar. Simples assim.
Ao descer dos ônibus ou trens nas principais cidades do roteiro você vai encontrar pessoas com placas dos principais hostels. Se o seu estiver ali é só embarcar na van e seguir até a recepção, provavelmente um copo de suco e um pedaço de bolo será servido, como cortesia, enquanto você espera para fazer o check-in, ou o momento para dar no pé e ir para o hostel ao lado que é mais barato. Mas antes se certifique que existe realmente um outro hostel ao lado. Além de traslado e lanchinho grátis, a maioria dos hostels vai ser capaz de realizar pequenas tarefas como marcar um voo ou emitir um bilhete de Grey Hound e sugerir, ou até mesmo lhe vender pacotes para “day-trips” na região. Existe, claro, uma comissão, que você pagaria provavelmente em outra agência, mas que pode te comprar tempo pra passar na praia.

Por ultimo, se você está indo a Austrália para viver intensamente o clima Down Under de badalação,esportes aquáticos, azaração e festa, eleve a importância do quesito hospedagem, acredite, o seu hostel vai ser peça chave na sua experiência. Se você não procura nada disso, e não quer gastar mais que 25 dólares por noite… bem-lembre de pedir um quarto no fim do corredor, se é que você vai poder escolher.
Esta matéria foi escrita por Beline para a Revista UP

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Ciao Italia

Moro perto da Itália (3 horas de carro, 45 minutos de avião), mas, até a semana passada, eu só havia visitado uma cidade italiana: Milão. Neste ano, aproveitei o feriadão da semana santa para conhecer um pouco mais deste país adorado pelos brasileiros. Meu destino foi Perúgia, capital da Úmbria, localizada na região central da Itália, fronteira com a Toscana (capital Florença) a oeste, Marche (capital Ancona) a leste e Lácio (capital Roma) ao Sul.

Antes de embarcar, pesquisei um pouco sobre a cidade e a região e descobri que estava prestes a entrar em uma máquina do tempo, uma vez que os primeiros dados sobre a cidade datam de 310 a.C.
Perúgia foi uma das cidades pertencentes à Etrúria, região formada por doze cidades civilizadas que tiveram grande influência sobre os romanos. Os Etruscos (nome dado aos habitantes que se instalaram nesta região entre os anos 1200 e 700 a.C.) podem ter sido originários da Ásia Menor assim como da própria Itália e sua língua utilizava um alfabeto similar ao grego.
A cidade até hoje conserva uma grande quantidade de antiguidades, dentre as quais suas muralhas medievais, portas de proteção, sepulturas, inscrições etruscas e latinas. O mais interessante foi andar em uma cidade subterrânea sem janelas e quase nenhuma iluminação natural. Fiquei imaginando como deve ter sido viver em um grande buraco debaixo da terra com somente algumas portas de acesso ao mundo exterior... Impressionante!
A cidade também se destaca por suas duas universidades: a Universidade de Perúgia (Università degli Studi di Perúgia), fundada no século XIV, e a Universidade para estrangeiros (Università per Stranieri di Perúgia), fundada em 1921, com o objetivo de promover a região da Úmbria — bem como sua história e cultura — para o mundo.
Agroturismo em Perúgia:
Muito popular na Itália, o agroturismo é uma modalidade de turismo rural oferecido por agricultores. Estes oferecem serviços de hospitalidade para habitantes de centros urbanos e ao mesmo tempo promovem e valorizam a cultura local. Grande parte dos pequenos hotéis, pousadas e apartamentos de temporada são construídos em propriedade privada e administrados pelas famílias dos agricultores. Esta é uma excelente opção de acomodação, uma vez que é possível visitar cidades como Assisi (25 km), Florença (151 km) e até mesmo Roma (183 km) e ao mesmo tempo desfrutar da vida no campo.
Onde fazer agroturismo?
Azienda Agricola Olivum: Poggio Pelliccione 5, I-06134 Perúgia
Apartamentos mobiliados de temporada com dois quartos, sala, cozinha e banheiro equipado para deficientes físicos.
Preço: Baixa temporada (1 Janeiro – 30 Junho e 1 Setembro – 31 Dezembro): 440 Euros por semana
Alta temporada (1 Junho – 31 Agosto): 490 Euros por semana
Atrações: Produção de vinho tinto Cabernet Sauvignon e azeite de oliva Extra Vergine.
Detalhes: Visite o site: http://www.prolivum.com/englishIndex.htm (inglês, italiano e alemão)

Assisi (Assis)
Quem está em Perúgia não pode ir embora sem visitar Assisi. Esta cidade é famosa por ter sido o local de nascimento de São Francisco de Assis (Francesco Bernadone), que fundou ali a Ordem dos Franciscanos e de Santa Clara de Assis (Chiara d'Offreducci). A cidade medieval é encantadora com suas casas de pedra, igrejas, chafariz, cafés, lojas de souvenir além de ser considerada Patrimônio Mundial pela UNESCO. A Basílica de São Francisco de Assis é a atração principal dos turistas de todas as partes do mundo. Ela é composta pelo mosteiro franciscano, assim como a basílica inferior e superior de São Francisco. O túmulo de São Francisco, também localizado na parte inferior da Basílica, é aberto para visitas.
Em setembro de 1997, um terremoto atingiu Assisi e danificou a basílica (uma parte to teto caiu). Ela permaneceu fechada por dois anos para restauração. Além da Basílica de São Francisco, a cidade possui outras atrações turísticas como a Basílica de Santa Chiara, Chiesa Nuova, Basílica de Santa Maria degli Angeli, Eremo delle carceri e Castelo Rocca Maggiore.

Montefalco
Estava à procura de uma experiência de enogastronomia (a combinação de vinhos e alimentos), muito popular na região da Úmbria, quando descobri a cidadezinha de Montefalco. Com um pouco mais de cinco mil e seiscentos habitantes, esta cidade medieval é um charme. Suas estreitas ruas de pedra dispõem de uma grande variedades de bares e restaurantes que oferecem degustações de vinhos acompanhadas de queijo, frios e brusqueta. Eu nunca havia feito este tipo de degustaçâo de vinhos e fiquei muito satisfeita com todo o processo, desde a escolha do local, tipos de vinho, até a hora do pagamento pelo serviços oferecidos.

Perúgia
Região: Úmbria Altitide: 490 metros acima do nível do mar População: aproximadamente 150 mil habitantes Clima: A temperatura média no verão é de 20 graus e no inverno 5 graus.
Como chegar de avião: o aeroporto de Perúgia oferece vôos domésticos de/para Milão, Roma, Palermo, Olbia, Lamezia e Terme, assim como vôos internacionais de/para Stansted (Essex, Inglaterra), Girona (Espanha), Tirana (Albânia) e Bucareste (Romênia).
Eventos locais:
- Festival Internacional de Jazz: De 10 a 19/07/2009, mais informações: http://www.umbriajazz.com/
- Eurochocolate: uma feira internacional de chocolate que acontece anualmente em Perúgia. Em 2009, a feira acontecerá entre 15 e 25 de outubro. Mais informações: http://www.eurochocolate.com/it/Per%C3%BAgia2009/home.html
- Festival Internacional de Jornalismo, geralmente acontece anualmente no mês de abril. Mais informações: http://www.festivaldelgiornalismo.com/
- Festa de Ciência (Perugia Science Fest): a sétima edição da festa da ciência em Perúgia acontecerá de 7 a 17 de maio de 2009. Mais informações: http://www.Perúgiasciencefest.eu/
Andrea Cocchiarale (Zurique, Suíça)
Matéria publicada na revista Panorama do Turismo.

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Suíça, um turismo genuíno

Viajar na Suíça não significa gastar fortunas em hotéis de luxo. Uma alternativa barata e educativa é o pernoite em uma típica fazenda do Emmental, cujos itens de conforto são cama de palha, penico, luz de velas e água de bacia.
A oferta está inspirada na série de televisão "Viver como nos tempos de Jeremias Gotthelf", um retorno a essa região agrícola da Suíça como foi vivida pelo famoso escritor suíço no século XIX.
Foi um dos maiores sucessos da televisão suíça. Com o título "Viver como nos tempos de Jeremias Gotthelf", o documentário transmitido pelo canal estatal SF1 exibiu diariamente um programa de vinte e cinco minutos, mostrando o cotidiano de uma família em uma típica fazenda do Emmental. O detalhe é que eles viviam sob as mesmas condições que imperavam na época do famoso escritor suíço, o século XIX.
Para muitos habitantes do país dos Alpes, os livros de Jeremias Gotthelf descrevem a "verdadeira" Suíça. Era um país de pequenos agricultores, que teimavam em sobreviver em regiões montanhosas de vales profundos. Séculos depois o Emmental modernizou-se, mas mantém até hoje seu caráter rural. Lá as tradições centenárias ainda dão o tom da vida.
As cenas do programa foram realizadas nessa região. Elas mostravam como a família, que na realidade vinha de um centro urbano e não tinha a menor idéia de agricultura, lutava para sobreviver do que plantava, ordenhava e fabricava. Isso sem luz, água corrente ou outros luxos da modernidade. A fórmula foi perfeita: a primeira série, transmitida no verão de 2004, foi vista por 616 mil telespectadores; a segunda, no inverno de 2005, por 863 mil.

Pacote turístico
Os habitantes ficaram felizes do Emmental ter servido de cenário para o programa. Comerciantes e hoteleiros têm agora a esperança de que região possa ser descoberta pelo turismo. A realidade é que, apesar das suas belezas naturais e um quase intocado ambiente campestre e tradicional, a maior parte dos viajantes na Suíça acaba escolhendo outros destinos. "Obviamente todos querem ver as grandes montanhas, os Alpes, e esquecem as regiões da planície", explica Ruth Zemt, representante da Pro-Emmental.
Para inverter o quadro, o órgão oficial de turismo da região se alia à televisão. "O sucesso midiático da série fez com que muitas pessoas ligassem para nós, perguntando se seria possível encontrar uma casa campestre com as mesmas condições vistas na TV. Assim lançamos um programa, onde fazendeiros da região oferecem suas casas para turistas pernoitarem. A única condição é que a habitação corresponda a certas condições".
O pacote foi criado e recebeu o nome de "Um pernoite como nos tempos de Jeremias Gotthelf". O turista pode escolher entre alugar uma choupana histórica (ler reportagem: "Casas para viver como no tempo dos avôs") ou passar uma noite com uma família de agricultores do Emmental. Uma delas é a família Moser, que vive num minúsculo vilarejo chamado Siegenthal, escondido entres as colinas do Emmental.
Não há banheiro
A família cobra apenas 48 francos suíços pelo pernoite. A residência é uma construção histórica, que corresponde à arquitetura típica das fazendas na região. O charme do local não está seguramente no conforto. "Oferecemos um quarto sem energia elétrica, água corrente, banheiro e aquecimento. O hóspede dorme num colchão de palha e precisa usar o penico para suas necessidades. É realmente como viver nos tempos de Gotthelf", detalha Werner Moser
Ele e sua esposa, Elisabeth, precisam interromper o trabalho para receber os visitantes. Geralmente o casal passa o dia no estábulo, onde estão as 16 vacas leiteiras ou nas plantações. Além disso eles cuidam dos inúmeros bezerros, porcos, cavalos – utilizados para o trabalho nas encostas íngremes da região - muitas galinhas e uma cadela.
Os quatro filhos adolescentes também vivem no grande chalé alpino. Eles nem sabem quando a casa foi construída. "Estamos há mais de cinco gerações", conta Werner. Dois deles aprenderam a profissão e vão também trabalhar na agricultura.
A parte da casa habitada pela família dispõe de todos os confortos da modernidade. O aquecimento é a base de lenha. Tem televisão com recepção via satélite e até mesmo internet. Porém o quarto reservado para os visitantes é o único que realmente corresponde à vida no século XIX. "No passado, esses quartos eram reservados para os empregados. Por isso eles nunca tinham muito conforto", justifica Elisabeth.
À primeira vista, a impressão é agradável. O piso é baixo e quase não pode se ficar em pé. Porém o piso e os móveis são de boa madeira, alguns até talhados à mão. A cama tem pesados colchões e parecem ser ideais para um sono pesado. A decoração é campestre: cortinas nas janelas, velas em cima dos criados mudos e a bíblia na gaveta. O detalhe especial está na bacia e na jarra de água, que servem para o toalete da manhã. O penico embaixo da cama também é um elemento importante. Afinal, o banheiro mais próximo está do outro lado do casarão, atravessando o estábulo.
Toque literário para a noite de Gotthelf
Apesar da rusticidade do quarto de hóspedes, a família Moser não esqueceu que inspiração faz parte também da oferta. Vários livros de Jeremias Gotthelf estão espalhados em cima da escrivaninha e até mesmo escondidos num vão da parede. "Eles são para pessoas que tenham vontade de ler um pouco à luz de velas e sonhar que voltaram no tempo", brinca Werner.
O sono vem bem rápido. O dia termina cedo na família Moser. Por volta das seis da tarde a ordenha está pronta e as vacas são soltas para passar a noite no pasto. Depois do lanche, o casal se despede e entra nos seus aposentos. No pequeno vilarejo de Siegenthal o sol começa a se pôr e, em poucas horas, o breu é completo.
Dormir em cima de palha é uma questão de hábito. No inicio ela pica e faz ruídos estranhos. Também a dureza não corresponde a dos colchões modernos. Porém a palha é anatômica e se molda ao corpo, dando um soco lá e cá. O barulho dos animais noturnos e as velas acesas no quarto completam o ambiente. Em poucos minutos o sono chega. É fácil imaginar como um empregado se sentia no passado, depois de passar um dia inteiro ceifando um campo.
O chato é acordar no meio da noite. A única dificuldade é encontrar o penico na escuridão. Porém tudo é uma questão de hábito: o segredo é deixá-lo sempre no mesmo lugar e saber onde estão os fósforos para acender a vela.
O café da manhã e a despedida
O dia começa às cinco e meia da manhã. As vacas são buscadas no pasto e entram no vilarejo numa procissão barulhenta. Cada uma delas tem um sino, que fazem uma música muito peculiar. Essa é a música da Suíça.
O casal Moser recebe costuma receber os hóspedes na cozinha de casa. Eles já estão há muito tempo despertos. Com orgulho, eles oferecem o café da manhã, também conhecido no dialeto em alemão como "Zmorge". Para degustar: "rösti" - prato típico suíço com batatas assadas e toucinho - lingüiças caseiras, pão, manteiga, geléias de frutas do quintal, mel e o leite recém-tirado da vaca. É preciso ter um apetite de agricultor para comer tudo.
Durante a refeição, os Moser aproveitam para perguntar sobre a vida dos visitantes. Eles têm muita curiosidade, sobretudo se estes vêm de outros países. Se perguntados sobre o retorno financeiro do negócio, eles não escondem que agricultura é realmente a atividade principal, e paixão, da família.
E por que abrir então as portas de casa para estranhos? Elisabeth e Werner Moser se entreolham e dão uma risada. "Na verdade é a gente que aproveita da presença dos nossos hóspedes. Eles contam tanto para nós o que está acontecendo lá fora. Trabalhamos tanto o dia todo, que muitas vezes esquecemos que o mundo é cheio de diferenças". E dessa vez, o hóspede é do Brasil.
swissinfo, Alexander Thoele

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Tudo azul em Rodes

Há algum tempo, tenho vontade de viajar para a Grécia e este ano resolvi passar uma semana por lá. Meu destino foi a ilha de Rodes, a maior ilha do Dodecaneso, um grupo de ilhas gregas na extremidade leste do Mar Egeu, localizada a 18 quilômetros no sudoeste da Turquia.
Tenho que admitir que tinha uma idéia pré-estabelecida de que as ilhas gregas são todas iguais, com suas casas brancas de portas e janelas azuis e me surpreendi com Rodes e sua capital medieval. Fiquei também muito encantada pela população gentil, praias paradisíacas e uma comida deliciosa.

Mitologia grega
Conta a mitologia grega que Zeus, após a sua vitória contra os gigantes, dividiu a terra entre os deuses do Olimpo. Hélios, o deus do sol, não estava presente no momento da divisão e foi esquecido no final do sorteio. Quando apareceu, Hélios exigiu a sua parte porém Zeus não pode refazer a divisão das terras já que os outros deuses não concordariam. Hélios ficou desapontado e fez com que Zeus e os outros deuses prometessem que caso surgisse uma outra ilha no mar, esta seria dele.
Uma linda ilha emergiu do fundo do mar e Hélios a transformou na mais bonita do Mar Egeu.

Curiosidade
Rodes já foi ocupada por vários povos, entre eles árabes, turcos e italianos, o que influenciou
muito a arte, a cultura, a língua e a arquitetura da ilha.

A Cidade de Rodes
Com 2400 anos, a Cidade de Rodes, capital da ilha, impressiona seus visitantes com seu bairro medieval, hotéis luxuosos, comércio variado, bares e restaurantes, além de sua infra-estrutura turística.

A cidade é dividida em antiga e moderna. A parte antiga (ou cidade medieval) fascina seus visitantes por suas paredes e edificações medievais. São aproximadamente 200 ruas antigas repletas de chafarizes, edifícios medievais, hotéis, bancos, centenas de lojas de souvenir, bares e restaurantes além de museus, igrejas, entre outros pontos turísticos. A cidade medieval de Rodes é patrimônio mundial da UNESCO:

A cidade moderna também oferece uma variedade de pontos turísticos para os visitantes, começando pelo Porto de Mandraki com suas duas estátuas de veados, os moinhos de vento e o farol de St. Nicholas. Do porto, é possível ver a cidade medieval e sua muralha, foto de cartão-postal. Na cidade moderna, encontram-se também o mercado novo com suas lojas de souvenir, bares e restaurantes, o Museu Arqueológico, o Palácio do Governo (edifício italiano), a Agência Central do Correio e o Instituto de Biologia Marinha, além de lojas como Zara, Lacoste, entre outras marcas internacionais.
Uma curiosidade: existem várias lojas de guarda-chuva e de artigos em couro, especializadas em casacos de pele, na cidade moderna.

Lindos
Lindos é a cidadezinha mais charmosa de toda a ilha. Ela está localizada há 55 km sul da cidade de Rodes e é possível chegar até lá alugando um carro (diárias de carros a partir de 48 Euros com seguro incluso e quilometragem livre), fazendo um passeio de barco ou de ônibus. Alugar um carro por um dia é vantajoso porque também é possível visitar outras cidadezinhas e algumas praias paradisíacas localizadas entre a Cidade de Rodes e Lindos.

A cidade de Lindos é famosa por sua Acrópole, as ruazinhas de pedra, lojas de souvenir e uma bela praia de areia, o que é um pouco raro na costa leste da ilha. A Acrópole de Lindos começou a ser construída no século IX antes de Cristo. No entanto, foi destruída por um incêndio no ano de 342 a.C. e reconstruída posteriormente. A entrada custa 6 Euros por pessoa. Uma vez estando na cidadezinha, é muito fácil chegar à Acrópole. Basta ir a pé ou pagar 5 Euros por pessoa e fazer uma divertida caminhada montando um pequeno jumento.


Faliraki
Faliraki localiza-se 14 km ao sul da Cidade de Rodes, menos de 30 minutos do aeroporto internacional de Diagoras. Esta cidadezinha é bem popular entre os turista. Lá encontramos uma grande quantidade de hotéis e resorts, além de bares, restaurantes e clubes noturnos que garantem noites agitadas.

Dicas de excursões:
* Kalithea: A praia de Kalithea localiza-se entre a Cidade de Rodes e Faliraki. Este é o local ideal para quem gosta de mergulhar. Uma parte da praia é privada e a entrada custa 2,50 Euros por pessoas. O local é muito bonito e oferece aos visitantes um pequeno museu, um bar à beira mar e uma loja de souvenir. O aluguel de duas cadeiras e um guarda-sol custa 7 Euros (para o dia inteiro). O ambiente é muito agradável, repleto de gente bonita e a sensação é de que estamos em um clube privado. Vale a pena a visita.

* Praia de Stegna: É um pouco complicado chegar até esta praia de água morna e areia fina. A melhor maneira de chegar até lá é de barco ou de carro. Algumas excurssões de ônibus também passam por ela. A praia de Stegna localiza-se entre Faliraki e Lindos.

* Costa oeste: Neste lado da ilha encontramos sítios arqueológicos, como o Templo Polias Athena ou as ruínas do castelo medieval, cidadezinhas pitorescas, muitos hotéis e belas praias

* Passeio de barco até a Turquia: Várias empresas turísticas oferecem passeios diários, com a duração entre 7 e 10 horas, até a Marina de Marmaris na Turquia, localizada há apenas 50 minutos (de barco) de Rodes. Além do city tour na cidade mediterrânea do oriente, as empresas também oferecem um passeio até o famoso mercado ao ar livre onde é possível encontrar roupas e acessórios de couro, jóias, tapetes, objetos de decoração, entre outros. As excursões diárias podem ser encontradas a partir de 42 Euros por pessoa.

Rodes, Grécia
Língua: grego (muitas pessoas falam inglês, alemão e italiano)
Fuso horário: + 5 horas em relação à Brasília (+ 6 horas durante o verão europeu)
Clima: Rodes localiza-se em uma das áreas mais ensolaradas da Europa, são em média 270 dias de sol por ano, com temperaturas oscilando entre 29 e 33 graus no verão (21 junho – 22 setembro). A temperatura média da água é de 25 graus no verão, podendo chegar até 27 graus no mês de agosto. Chove bastante durante os meses de novembro e fevereiro.
Melhor época para visitar: Durante os meses de julho, agosto e setembro.
Visto: Brasileiros não precisam de visto para visitar a Grécia com estadia de até 90 dias naquele país.
Como chegar: De avião (55 minutos de Atenas) ou ferryboat (aproximadamente 19 horas de Atenas)
O que comer: A culinária grega é bastante rica e saborosa, oferecendo inúmeros pratos típicos como moussaka (feito com beringela, carne moída e queijo), gyros (carne, pão sírio, iogurte), salada grega (com queijo feta), entre outros.
Bebida tradicional: O Ouzo é um destilado com anis, bastante forte, que pode ser bebido puro ou com gelo.
Compras e souvenirs: Em Rodes, existem diversas lojas especializadas em couro, com bolsas, carteiras e cintos por preços bastante em conta.

O azeite de oliva grego é bastante comercializado e esta é uma ótima dica de compra já que ele é considerado o azeite mais saudável do mundo.

Texto e Foto: Andréa Cocchiarale - Matéria publicada na revista Panorama do Turismo, nº 41, setembro 2008

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Hotel em ex-penitenciária

Celas com grades duplas e portas blindadas: o "Jailhotel Löwengraben" é uma antiga penitenciária que se transformou em hotel para mochileiros, famílias e aventureiros que visitam Lucerna.
O exótico local também esconde histórias como a da guilhotina encontrada no seu sotão, cuja história macabra pode ser lida logo abaixo.
A penitenciária ideal: o detento chega à recepção, cumprimenta a recepcionista, paga sua diária, carrega ele próprio as bagagens até a cela e fecha a porta blindada depois de desejar boa-noite aos guardas.
Não, a justiça helvética ainda está longe ter encontrado um sistema penal autopunitivo e sem custos para o contribuinte. Mas a idéia pode virar exemplo através do "Jailhotel Löwengraben", uma antiga penitenciária que hoje já não abriga bandidos, mas sim hóspedes.
Uma prisão histórica
A Prisão Central do Cantão de Lucerna foi construída em 1862 no centro histórico da cidade. O nome "Löwengraben" vem das moedas de ouro que eram utilizadas na época para pagar os operários, as chamadas "Lion d'Or". Por não atender mais às normas de segurança modernas, o governo cantonal decidiu fechá-la em 1998 e construir uma nova penitenciária em Kriens, pequeno vilarejo a oeste de Lucerna.
A questão para as autoridades judiciárias era: o que fazer com uma ex-penitenciária que não podia ser demolida por ter sido tombada pelo patrimônio histórico? Depois de debater várias possibilidades, a solução mais lógica acabou sendo transformá-la em um hotel. Espaço é que o não falta.
Pernoites baratos
Quando foi fechada, a prisão dispunha de 55 celas para homens, cinco para mulheres e uma cela de isolamento, também chamada de "cela de borracha" por ter sido revestida com o material para evitar que o preso punido batesse com a cabeça na parede. Nos seus trinta últimos anos de funcionamento ela serviu para abrigar pessoas com processos em andamento e jovens que recusavam prestar o serviço militar.
As reformas foram superficiais. Os arquitetos incluíram duchas e banheiros na grande maioria das celas e transformaram o antigo refeitório num restaurante mais acolhedor para o gosto do turista. Em 1999, a ex-penitenciária foi reaberta com o nome de "Hotel Löwengraben". A idéia por traz do projeto: oferecer aos viajantes pernoites baratos no centro histórico de Lucerna, um dos destinos turísticos mais importantes da Suíça, e também um gostinho de aventura.
"Para aumentar ainda mais esse charme, espalhamos em todos os corredores pequenos quadros com textos retirados do diário do antigo diretor da prisão. Elas falam de tentativas de fugas, de prisioneiros conhecidos e outros fatos curiosos", conta Lobi Phala, gerente do hotel, que foi recentemente rebatizado de "Jailhotel Löwengraben".
Achado macabro
Ao limpar o sótão da ex-prisão, funcionários do hotel encontraram um objeto que lhes deu calafrios: uma guilhotina. "Ela estava exposta no local, mas ninguém mais lhe dava atenção. Ninguém podia imaginar que ela já havia matado tanta gente", lembra-se Phala.
A peça história foi fabricada em 1836 em Zurique e depois vendida ou emprestada entre os vários cantões suíços com toda sua estrutura. Na época, as autoridades judiciais consideravam-na uma forma "humana" de executar os presos condenados à morte. Depois de rodar muitos quilômetros, ela terminou sendo comprada em 1904 pela bagatela de mil francos pelas autoridades de Lucerna. Nesse ano o cantão havia reintroduzido a pena de morte.
Não se sabe quantas cabeças a guilhotina fez rolar, mas sua última utilização prática foi com Hans Vollenweider, um perigoso meliante acusado de ter cometido vários assassinatos. Sua execução ocorreu em 18 de outubro de 1940 em Sarnen, vilarejo do cantão de Obwalden, que havia pedido aos colegas de Lucerna o empréstimo do prático aparelho. Hoje a peça é uma das maiores atrações no Museu de História de Lucerna.
Nostálgicos
O ambiente carcerário do "Jailhotel Löwengraben" continua presente. A construção mantém sua fachada cinza e mórbida, com grades duplas nas janelas. Nos corredores, as portas maciças de aço e madeira estão dispostas uma ao lado das outras. A grande maioria das celas continua minúscula e claustrofóbica: pouco mais de sete metros quadrados.
"Têm hóspedes que ficam apenas algumas horas no hotel e depois pedem para cancelar o pernoite. Eles dizem que não estão se sentindo bem no lugar", explica Phala. "Ex-detentos também costumam aparecer para dar uma espiada, mas nunca se hospedam. Eles costumam dizer que já passaram tempo suficiente atrás desses muros".
O gerente lamenta as desistências, mas ressalta que o hotel também oferece luxo. Alguns espaços da ex-prisão foram reformados para abrigar suítes. Uma delas é a "Suíte do Diretor", a antiga sala de trabalho do diretor da prisão que até cofre tem. Também a "Suíte Biblioteca" é uma das atrações: tendo funcionado como biblioteca dos detentos, ela ainda dispõe nas estantes das mesmas obras lidas centenas de vezes pelos detentos no passado. Um quarto mais caro é a "Suíte Barabas", batizada com o nome do preso mais antigo, que decorou o espaço utilizado no passado pelos presos para jogos de cartas e outros passatempos com uma grande pintura de mural, também encontrada na sua própria cela.
Quem faz questão do original pode pernoitar nas celas "unplugged". Graças aos serviços cantonais de defesa do patrimônio histórico, elas foram mantidas no estado original, ou seja, não dispõem de chuveiro ou outros confortos da modernidade. Elas também são as mais baratas e custam apenas 24 euros por cabeça, quando são divididas a três durante os meses de inverno. No preço está incluído o café da manhã. Quem quiser, pode ficar à pão e água.
A opção mais barata no Jailhotel: cela com dois beliches.

swissinfo, Alexander Thoele

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